sábado, 21 de março de 2020

Tempos de crise e os desígnios da Divina Misericórdia


De tempos em tempos a humanidade enfrenta grandes epidemias de dimensões avassaladoras. Seja a Peste Negra na Idade Média, a Gripe Espanhola no início do Século XX, ou a pandemia do Coronavírus nos dias atuais, devemos entender que Deus, nos seus desígnios de misericórdia, permite que essas provações nos visitem.

O homem, no seu individualismo, na sua autossuficiência, entorpecido pela vida moderna, pouco à pouco se afasta de Deus. Seduzido pelas facilidades dos novos tempos, pela oferta excessiva de bens, atividades e falsos prazeres, relativiza o sentido da sua existência e da figura do seu Criador. Nos esquecemos de quem viemos e para que viemos. Nesse esquecimento, dia a dia acumulamos pecado sobre pecado, fazendo o mau a  próximo e a nós mesmos. 

Assim, ainda que Deus seja incapaz de fazer mau aos homens, de forma pedagógica Ele permite que o mau nos aconteça. Nos últimos anos temos percebido uma escalada da corrupção humana. Muitos vêm se perdendo e levando outros a perdição.

Mas Deus nos criou para a salvação, e não para perdição. Prova disso foi o envio do seu próprio Filho que se sacrificou para a expiação dos nossos pecados. Alguns, tomando consciência desse sacrifício, o acolhem mudando de vida radicalmente. Outros, porém, precisam de grandes choques de realidade para se voltar a Deus. Por isso esses momentos de crise mundial vêm de forma oportuna para nos darmos conta do sentido maior da nossa existência: amar a Deus de todo o coração!

O amor de Deus nos realiza e nos completa. Portanto, aproveitemos esse momento de "graça permitida" para repensar a própria vida. É Deus, mais uma vez, nos dando uma nova chance. Creio que Ele quer que muitos se salvem, do contrário, seu Filho já teria retornado há muito tempo, como consta nas escrituras. 

É tempo de luta, tempo de dor, mas, sobretudo, tempo de graça. Que a humanidade se converta, e que os filhos de Deus sejam sinal de misericórdia para aqueles que ainda têm o coração vacilante. Saiamos dessa pandemia com o coração revigorado e a fé fortalecida, até o encontro definitivo com o Cristo na sua Glória. 

E não nos esqueçamos do desejo do nosso Pai que está no Céu:

"A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo." (I Pe 1, 15-16).

É tempo de conversão!

Eduardo Faria
Missão Combatentes do Bom Combate

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