quinta-feira, 16 de abril de 2015

Os ladrões do tempo e o dízimo devido a Deus

Hoje quero falar de questões práticas relativas ao tempo, de como convertê-lo em bênçãos ou torná-lo ocasião de queda.

Nunca foi tão fácil desperdiçar o tempo como nos dias atuais. A modernidade tem tirado o homem do caminho reto, levando-o a se perder em meio a tantos atrativos que, aparentemente, poderiam parecer saudáveis, mas aos poucos vão se convertendo em perdição.

Nos perdemos em meio a tantos afazeres e preocupações, mergulhando de tal forma na rotina profissional ou familiar que, muitas vezes, acabamos nos esquecendo de que Deus existe. Quando, enfim, conseguimos um tempo livre para "respirar" e para descansar, procuramos satisfazer nosso desejo de nos envolver em atividades prazerosas, muitas vezes como compensação pelo dia agitado que tivemos. Seria a recompensa oportuna pelo cansaço excessivo ou pelos muito problemas enfrentados ao longo do dia. Isso quando não desabamos direto na cama, nos rendendo ao cansaço de um longo dia de trabalho.

No entanto, quero me atentar aos pequenos ladrões do tempo. Com o advento da internet e das novas mídias, as formas de entretenimento tem se multiplicado em ritmo vertiginoso. Não raras vezes, navegando por portais de notícias na internet, por exemplo, vamos mergulhando nesse turbilhão de informação, a ponto de cair em páginas verdadeiramente "desinformativas". Entre uma notícia e outra ,importante ou interessante, nos deixamos levar pela nossa curiosidade e, aos poucos, nos deparamos em sites que pouco ou nada edificam, não raras vezes em sites que nos levam a pecar.

Entre uma notícia e outra, somos seduzidos por ofertas tidas como "interessantes", estimulando nossos "instintos consumistas" quando, na verdade, não necessitamos de determinado item; nos embrenhamos em sites de fofocas, curiosos com a vida fútil de determinadas "celebridades"; nos interessamos por novelas e programas de "reality shows"que, embora se proponham a simular a realidade, tentam nos seduzir com a imagem de uma "realidade" de valores distorcidos, incompatíveis com os valores do cristianismo; por imagens de personalidades conhecidas em rostos bonitos e sedutores que, sem percebermos, nos direcionam a sites libidinosos; ou mesmo nos perdemos em artigos banais ou esdrúxulos, sobre "o recorde lituano do maior comedor da pimenta forte da Costa do Norte da Malásia", a título de exemplo, que embora em nada denigra, também em nada nos acrescenta.

Saindo da esfera da internet, tantas vezes nos rendemos a conversas fúteis e banais, imbuídas de fofocas e comentários que denigrem a imagem alheia, causando muitas vezes estragos irreversíveis; ou mesmo perdemos tempo em conversas com o mesmo teor em aplicativos de celulares, assistindo a vídeos tolos e encaminhando esse tipo de mensagem a terceiros.

Esses e muitos exemplos ilustram como facilmente perdemos tempo ao longo de nossa rotina diária. Tudo bem em reservar um tempo pequeno para coisas realmente sem importância, caso tenhamos gosto por cultura inútil. O problema é quando, de fato, essas coisas vão tomando espaço significativo da nossa vida a ponto de não assumirmos os cuidados necessários com o próximo (muitas vezes nossos familiares), quando relaxamos com os nossos afazeres pessoais e profissionais e, no pior dos casos, quando excluímos definitivamente Deus das nossas vidas alegando não termos tempo para a oração.

De fato a modernidade nos impõe um ritmo de vida acelerado, mas acontece que muitas vezes a alegada falta de tempo existe porque o perdemos com coisas inúteis. Portanto, tenhamos cuidado de avaliar onde estamos gastando o nosso tempo, de modo a nos disciplinarmos a devolvermos parte dele a Deus como dízimo de algo tão precioso que Ele mesmo nos deu.

Permaneçamos firmes no Combate!

Eduardo Faria
Missão Combatentes do Bom Combate.



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