terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Grande mistério de amor

Grande prova do amor de Deus por nós é a entrega de seu Filho em sacrifício, para a remissão de todos os nossos pecados. Grande amor também se percebe na renovação do sacrifício de Jesus todos os dias em cada Santa Missa celebrada sobre a Terra.

Mas talvez não nos atentamos a cada mistério que o Sacrifício de Jesus esconde. Quando Jesus se dá no Pão, cada vez que comungamos do Seu corpo nos unimos não só a Ele, mas a cada pessoa que nesse momento estiver comungando. Se na comunhão do corpo de Cristo me torno um com Ele, e se o mesmo Cristo que está em mim também está no irmão que comunga naquele instante, consequentemente também me torno um com o este irmão quando comungo do corpo de Cristo.

É possível contemplar a sabedoria de Deus ao nos deixar o sacramento da Eucaristia, pois talvez esta seja a única forma de unir pessoas que provavelmente nunca estariam em união. A Eucaristia é a forma mais perfeita de unidade entre os filhos de Deus.

Outro grande mistério é que no momento da consagração, quando Cristo se torna presença real em nosso meio, não há mais distinção entre Céu e Terra, pois Cristo traz o Céu até nós. Nesse momento tudo passa a ser Céu, pois o próprio Cristo se torna presente a nossos olhos. Podemos vê-lo, tocá-lo, senti-lo, podemos comer do seu corpo e beber do seu sangue precioso. O Divino vem até o nosso humano, em sinal de amor por nós.

Quando Deus trás o Céu a Terra, pela renovação do sacrifício de seu Filho, não só o Cristo se faz presente, mas também toda a Igreja celeste, com seus os anjos e seus santos, que participam desse momento sublime da graça de Deus. Os santos não precisam comungar a Cristo, pois já vivem constantemente em sua presença, em comunhão com Ele. E mesmo os anjos que foram criaturas criadas para adorá-Lo, não podendo adorá-Lo em seu íntimo vêm adorá-Lo em nós, que nos tornamos sacrários vivos de Jesus no momento da comunhão.

Nesse momento não é mais apenas o nosso sangue a correr em nossas veias, mas é o próprio sangue de Cristo a correr em nós. Podemos dizer como São Paulo: “já não sou eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2,20)”, pois o sacrifício de Jesus nos transforma e Jesus passa a ser presença constante em nós.

Grande graça também ocorre quando estamos impossibilitados de comungar, pois isso não nos impede de adorá-Lo no irmão que O recebeu. No momento da comunhão, Jesus toma todos os espaços da Igreja e cada um é enviado como missionário ao mundo para ser presença de Cristo a todos que necessitam.

Sendo assim, que esse seja o nosso maior desejo: que quando nos olharem não mais nos vejam, mas vejam o Cristo que habita em nós!

Eduardo Faria
Missão Combatentes do Bom Combate

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