Grande prova do amor de Deus por nós
é a entrega de seu Filho em sacrifício, para a remissão de todos os nossos
pecados. Grande amor também se percebe na renovação do sacrifício de Jesus
todos os dias em cada Santa Missa celebrada sobre a Terra.
Mas talvez não nos atentamos a cada
mistério que o Sacrifício de Jesus esconde. Quando Jesus se dá no Pão, cada vez
que comungamos do Seu corpo nos unimos não só a Ele, mas a cada pessoa que
nesse momento estiver comungando. Se na comunhão do corpo de Cristo me torno um
com Ele, e se o mesmo Cristo que está em mim também está no irmão que comunga
naquele instante, consequentemente também me torno um com o este irmão quando
comungo do corpo de Cristo.
É possível contemplar a sabedoria de
Deus ao nos deixar o sacramento da Eucaristia, pois talvez esta seja a única
forma de unir pessoas que provavelmente nunca estariam em união. A Eucaristia é
a forma mais perfeita de unidade entre os filhos de Deus.
Outro grande mistério é que no
momento da consagração, quando Cristo se torna presença real em nosso meio, não
há mais distinção entre Céu e Terra, pois Cristo traz o Céu até nós. Nesse
momento tudo passa a ser Céu, pois o próprio Cristo se torna presente a nossos
olhos. Podemos vê-lo, tocá-lo, senti-lo, podemos comer do seu corpo e beber do
seu sangue precioso. O Divino vem até o nosso humano, em sinal de amor por nós.
Quando Deus trás o Céu a Terra, pela
renovação do sacrifício de seu Filho, não só o Cristo se faz presente, mas também
toda a Igreja celeste, com seus os anjos e seus santos, que participam desse
momento sublime da graça de Deus. Os santos não precisam comungar a Cristo,
pois já vivem constantemente em sua presença, em comunhão com Ele. E mesmo os
anjos que foram criaturas criadas para adorá-Lo, não podendo adorá-Lo em seu
íntimo vêm adorá-Lo em nós, que nos tornamos sacrários vivos de Jesus no
momento da comunhão.
Nesse momento não é mais apenas o
nosso sangue a correr em nossas veias, mas é o próprio sangue de Cristo a
correr em nós. Podemos dizer como São Paulo: “já não sou eu quem vive, mas é
Cristo que vive em mim (cf. Gl 2,20)”, pois o sacrifício de Jesus nos
transforma e Jesus passa a ser presença constante em nós.
Grande graça também ocorre quando
estamos impossibilitados de comungar, pois isso não nos impede de adorá-Lo no
irmão que O recebeu. No momento da comunhão, Jesus toma todos os espaços da
Igreja e cada um é enviado como missionário ao mundo para ser presença de
Cristo a todos que necessitam.
Sendo assim, que esse seja o nosso
maior desejo: que quando nos olharem não mais nos vejam, mas vejam o Cristo que
habita em nós!
Missão Combatentes do Bom Combate
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