Desde a
antiguidade a escravidão tem se colocado como um dos piores problemas da
humanidade. Nas culturas antigas, prisioneiros de guerra eram tomados como
escravos como sinal de poder e dominação; no Egito nossos primeiros pais foram
tomados como escravos dos faraós, até que nosso Senhor os libertasse; e não há
muito tempo atrás a escravidão esteve muito próxima de nós aqui no Brasil, e
ainda hoje sofremos as sequelas desse período negro da nossa história.
Embora a escravidão tenha sido
abolida há alguns anos, hoje nos deparamos com formas talvez ainda piores de
dominação. Enfrentamos problemas políticos, econômicos, sociais; somos escravos
de um sistema onde o que vale é o ter, onde pouquíssimos se preocupam com o
próximo; somos prejudicados por uma política social ineficiente, onde nem mesmo
os direitos às mínimas condições necessárias a sobrevivência são respeitados;
enfim, continuamos vivendo em uma sociedade onde o mais forte domina sobre o
mais fraco.
Mas apesar de todos esses problemas
serem um mau a ser resolvido, essa ainda não é a verdadeira escravidão. O que
verdadeiramente nos escraviza é a falta do conhecimento da verdade. A falta do
conhecimento de Deus escraviza não só o nosso corpo, mas também a nossa alma.
Portanto, é muito importante buscarmos nossa liberdade em Cristo, como Ele
mesmo nos diz: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8, 32). E
ainda: “Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres” (Jo
8, 36).
Só seremos verdadeiramente livres
quando alcançarmos o entendimento da verdade, quando nos abandonarmos por
inteiro na presença de nosso Senhor. Com Ele seríamos capazes de enfrentar
qualquer dificuldade, até mesmo a tortura e o cárcere.
Tomemos como exemplo a figura do grande
apóstolo Paulo. Mesmo depois de preso e açoitado, ele orava e louvava a Deus
com cânticos de louvor (cf. At 16, 25), e muitas outras vezes no cárcere ele
dizia alegrar-se por sofrer por amor a Cristo e aos irmãos (cf. Flp 1,18 e Col
1, 24), grande confiança ele tinha no Senhor. Com certeza Paulo descobriu o que
era liberdade.
Portanto, aprendamos com o
testemunho dos santos. Lutemos sim contra as injustiças (a fome, a miséria, a
hipocrisia), mas queiramos também viver a liberdade que Cristo nos concede.
Esta só será possível quando nos abandonarmos inteiramente às vontades do
Senhor.
Eduardo Faria
Missão Combatentes
do Bom Combate
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