Dentre todas as coisas que
conhecemos sobre a humanidade de Jesus, certamente a característica mais
marcante é a facilidade com que Ele amava, e como acolhia as pessoas com
misericórdia.
Podemos verificar isso claramente
quando analisamos a forma com que Jesus acolheu a Samaritana no poço de Jacó
(cf. Jo 4,1-42); a mulher adúltera (cf. Jo 8, 1-11); Zaqueu, o cobrador de
impostos (cf. Lc 19, 1-10); a mulher hemorrágica (cf. Lc 8, 43-48); e inúmeros
outros casos observados ao longo dos evangelhos. Se quiséssemos relatar todos
os casos onde Cristo agiu com misericórdia, teríamos um trabalho de anos e
mesmo assim a obra não estaria concluída. Mesmo porque nem todas foram
relatadas nos evangelhos.
Era impossível Jesus estar na
presença de um irmão sofredor e não se compadecer de suas misérias. Todos os
que se colocavam em Sua presença se sentiam profundamente amados, pois Cristo
não conseguia agir de outra forma. Ele era todo amor!
Fico imaginando o olhar de Jesus fitando
uma pessoa. Só o olhar dEle era capaz de curar e libertar as pessoas das piores
dores e de todos os pecados. Quem se colocava na presença de Jesus não apenas
se sentia amado, mas se sentia valorizado. Não importava se eram mulheres,
crianças, viúvas, ou qualquer outro marginalizado, Jesus colocava por terra
todo o preconceito da sociedade local da época. Ele veio nos ensinar a não
fazer acepção de pessoas, mas, ao contrário, amar a todos com o mesmo amor, na
mesma intensidade com que amamos qualquer um de nossos familiares. E mais, na
mesma intensidade com que amamos a nós mesmos (cf. Mc 12, 31).
Infelizmente o mundo de hoje não
está disposto a amar. Queremos que todos nos amem, mas não queremos acolher o
irmão com amor. Ao contrário, no primeiro erro que cometem, estamos a julgá-los
com todas as pedras nas mãos. Até parece que não erramos, que não cometemos
pecados. Se assim fosse, teríamos o direito de exigir do irmão a perfeição. Mas
como não somos perfeitos – somos susceptíveis a falhas –, somos chamados a
acolher o irmão independente de sua fraqueza, sem julgá-lo por suas falhas, mas
acolhê-lo com todo amor e misericórdia.
Estamos sempre a julgar o próximo,
quando nós mesmos temos uma trave nos nossos olhos (cf. Mt 7, 1-6). Ao
contrário do julgamento, vivamos os mandamentos do amor e do perdão. Essas
práticas são remédio para a alma e alegria do coração. Tenha o teu próximo como
teu irmão, tente amá-lo como você nunca imaginou amá-lo antes, perdoe-o,
acolha-o com misericórdia, e veja como isso te fará bem. Exercite essas
práticas e, certamente, terás encontrado graça aos olhos de Deus. Não somos
perfeitos, mas praticando essas verdades, facilmente chegaremos cada vez mais
próximos da perfeição.
Eduardo Faria
Missão Combatentes
do Bom Combate
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