quarta-feira, 1 de junho de 2005

Acolher o irmão com misericórdia

Dentre todas as coisas que conhecemos sobre a humanidade de Jesus, certamente a característica mais marcante é a facilidade com que Ele amava, e como acolhia as pessoas com misericórdia.

Podemos verificar isso claramente quando analisamos a forma com que Jesus acolheu a Samaritana no poço de Jacó (cf. Jo 4,1-42); a mulher adúltera (cf. Jo 8, 1-11); Zaqueu, o cobrador de impostos (cf. Lc 19, 1-10); a mulher hemorrágica (cf. Lc 8, 43-48); e inúmeros outros casos observados ao longo dos evangelhos. Se quiséssemos relatar todos os casos onde Cristo agiu com misericórdia, teríamos um trabalho de anos e mesmo assim a obra não estaria concluída. Mesmo porque nem todas foram relatadas nos evangelhos.

Era impossível Jesus estar na presença de um irmão sofredor e não se compadecer de suas misérias. Todos os que se colocavam em Sua presença se sentiam profundamente amados, pois Cristo não conseguia agir de outra forma. Ele era todo amor!

Fico imaginando o olhar de Jesus fitando uma pessoa. Só o olhar dEle era capaz de curar e libertar as pessoas das piores dores e de todos os pecados. Quem se colocava na presença de Jesus não apenas se sentia amado, mas se sentia valorizado. Não importava se eram mulheres, crianças, viúvas, ou qualquer outro marginalizado, Jesus colocava por terra todo o preconceito da sociedade local da época. Ele veio nos ensinar a não fazer acepção de pessoas, mas, ao contrário, amar a todos com o mesmo amor, na mesma intensidade com que amamos qualquer um de nossos familiares. E mais, na mesma intensidade com que amamos a nós mesmos (cf. Mc 12, 31).

Infelizmente o mundo de hoje não está disposto a amar. Queremos que todos nos amem, mas não queremos acolher o irmão com amor. Ao contrário, no primeiro erro que cometem, estamos a julgá-los com todas as pedras nas mãos. Até parece que não erramos, que não cometemos pecados. Se assim fosse, teríamos o direito de exigir do irmão a perfeição. Mas como não somos perfeitos – somos susceptíveis a falhas , somos chamados a acolher o irmão independente de sua fraqueza, sem julgá-lo por suas falhas, mas acolhê-lo com todo amor e misericórdia.

Estamos sempre a julgar o próximo, quando nós mesmos temos uma trave nos nossos olhos (cf. Mt 7, 1-6). Ao contrário do julgamento, vivamos os mandamentos do amor e do perdão. Essas práticas são remédio para a alma e alegria do coração. Tenha o teu próximo como teu irmão, tente amá-lo como você nunca imaginou amá-lo antes, perdoe-o, acolha-o com misericórdia, e veja como isso te fará bem. Exercite essas práticas e, certamente, terás encontrado graça aos olhos de Deus. Não somos perfeitos, mas praticando essas verdades, facilmente chegaremos cada vez mais próximos da perfeição.

Eduardo Faria
Missão Combatentes do Bom Combate


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